5 de dezembro de 2010

Burnside - Goin' down south


ultimamente ando postando só música e filmes, é que ando sem tempo mas dou um jeito de não sumir senão o blog mia, eu não gosto de visitar blog que nem o autor visita, então to aqui, me sentindo bem mas esquisita hoje, de olho na coisa que não sei bem qual é nem do que se trata, sei que me deixa alerta. ontem tive um dia lindo como são todos quando estou com meus brothers meditando e estudando..tenho me sentido em constante celebração, embora tenha lá do que me lamentar, faço isso com pudor porque a tristeza não está mais a vontade comigo, ela espreita, quer entrar mas não consegue e eu fico só observando porque no meu ânimo quem manda agora sou eu e emoção felizmente tá fora, peneirando sentimentos como garimpando só esmeraldas e o tempo que resta é todo meu para o serviço constante de viver em consonância com a minha própria realidade, que contempla o outro mais que a mim mesma e por isso mesmo tenho que cuidar de mim como ando cuidando, sem trégua, com alegria, adoro! bom domingo!

21 de novembro de 2010

Mar da Arábia

Foto de uma das minhas amigas alemãs (de repente me dou conta de que tenho mais de uma amiga alemã e também muitas brasileiras, uma chilena, uma inglesa, algumas judias uma de origem alemã, outra tcheca e outra de Israel mesmo) mas a que fez essa foto é alemã, que provavelmente deve ter passado o fim de semana no local da foto porque ela fotografa o mundo que a gente não vê e que tá lá na minha rota das Indias, onde vou quando posso já que ano sim ano não atravesso o mundo com destino certo, o sul da India onde tem tudo de bom que há nesta vida menos um mar azul destes, e agora fiquei me perguntando da dimensão das coisas para cada uma de nós, mulheres de uns quarenta e muitos ou cinquenta e poucos anos para quem as coisas são fluídas em certos aspectos mas travadas em outros, variando entre nós a consciência, inconsistência em níveis diversos e as coisas para nós também são mais ou menos lindas, porque todas nós somos bárbaras em algumas coisas e ruins em outras, mas temos um charme enorme, nenhuma de nós passa batido, todas temos histórias de força e paixão, alguma loucura e todo empenho e todas hoje somos também mais ou menos "chatas"... como há de ser em alguns momentos a vida de todo mundo, afinal...! mas essa parte só dá samba não enriquece a reflexão nem faz poesia,
na verdade, o que me ocorre é que estamos aqui ou alí sempre expostas(os) ao mesmo sol, ao mesmo poder "da grana que ergue e destrói coisas belas", e testando a inveja branca que eventualmente eu pudesse estar sentindo da minha amiga vendo esse por de sol no mar da arábia neste domingo, acabei por concluir que nossas vidas estão alinhadas como os planetas, o que tem para arrumar todas sabem e já estão providenciando, não só eu mas todas que me cercam estão numa fase de reconstrução ou de curtição da graça alcançada mas totalmente no prumo, rotas confirmadas, e vejo que o bom de ter cinquenta é que agora eu sei como melhorar a mim mesma e à minha própria vida a cada dia, e devo muito disso à minha prática, ao meus mestre e no limite também às minhas amigas e ao amor que cultivo no dia a dia e que atraia coisas assim boas, agora me lembro que hoje falei com outra amiga, hoje morando na Costa do Marfim, mas que vai ter de morar no Timor Leste por força do ofício antes de montar uma pousada em Cunha (eba!), pensei nos amigos de Vinhedo que hoje estão recebendo amigos em outro casal de conhecidos a quem desejo tudo de bom pois casaram-se ontem, e hoje ainda quase almocei com a amiga com quem tomei café da amanhã ao meio dia de ontem, e tudo e todo mundo tá no ponto exato de sua própria bússola, ter a quem curtir em cada parte uma dessas partes do mundo, sem contar na India, no Chile, e que me curtem também já é por si de uma beleza tão intensa quanto a da paisagem dessa foto, e a beleza da foto da minha amiga está dentro da minha retina, minha filha fez o jantar hoje, vou assistir Paul Mac Cartney em SP pela TV...e agora terminar esse post porque a noite vai ser boa!! que seja para todas nós...

6 de novembro de 2010

para o olhar poder olhar


fotos Cris Prochaska
extraídas da Internet

Antes eu tinha mêdo de ser banal, mediocre em escrever porque estudei com quem já na época era muito bom em tudo, escrevia muito, artistas desde sempre, poetas, músicos, escritores, fotógrafos, atores, meus parâmetros são de altíssimo grau na escala Ritchter por isso embora tenha feito filosofia e sociais não tenha ficado famosa nem integrado o Meninas Futebol Club, eu sou do Equipe, formada em 78 (parabéns Niobe isto é com você), a minha safra é de "gente fina, elegante e sincera" e`as vezes ridícula, bom lembrar porque adoro a realidade de sermos todos pobres diabos todos igualmentte estropiados ainda que bárbaros, mas me dei licença para mandar ver neste blog que é minha própria editora, minha gravadora, meu studio, minha inspiração e deve ser a própria loucura da vida ou porque acabei de fazer 52 anos que a plenitude total e o bom humor ultimamente quase tem prevalecido no meu estado de espírito, coisa às vezes de maluco porque a vida é cruel mas eu ando em volta, na beira, só dou meu mergulho quando não tá frio, e meio que o tempo todo está cada vez mais claro como a luz do sol que as experiências boas e ruins, meus erros e acertos, roubadas e grandes conquistas formam colares de diversas cores que escolho com calma qual vou usar hoje, num arranjo literário ou libertário, não importa,o que importa que é só meu, exclusivo, que me deixa a vontade porque assim me sinto, hoje me dou conta de que não estou livre de nada só da culpa, do peso das coisas chatas convencionais que tem que dar certo, que são muito regradas, a minha praia é transformar matéria prima em produto acabado, sem jogar nada fora, é cara e coroa, são os dois lados de tudo o tempo todo, com tudo ao contrário, de ponta cabeça, sem nenhuma coerência, nenhum sentido e muita inquietação, graças a Deus, com todas as distorções, das péssimas às mais deliciosas, todas de pé desde sempre, preferências são legitimadas pelo tempo,não funciona para um monte de gente, mas para mim funciona, queria ter tido mais e mais filhos, mas minha geração fez tanta coisa antes que filho foi no gargalo enquanto dava e bem tarde, por isso estão iniciando a facul agora, ninguém tem neto, e muita gente nem filho tem. A lógica de uma vida como essa, de uma pessoa como eu é a do absurdo, lógico! mas eu tenho tanta coisa por realizar que vou adiante e quero da vida só TUDO sem ter que abrir mão de nada de preferência, dizem ser isso impossível, mas agora eu não acredito muito nisso, porque a freqüência já é outra e a força é tanto mais sutil do que era antigamente. A referência é interna, e com isso deito no sofá com os pés para cima em horas úteis porque o meu serviço não pára nunca, sei que coisa ruim e influencia nefasta só pega quando existe igual também dentro da gente, senão não reverbera, meio básico. RESOLVO as coisas em mim, no mundo e nos outros fica por conta deles, cada um que tire seu gancho para que ninguém pendure um pano de prato úmido e usado....assim a gente fica na gente mesma, pode brincar, pular, escrever, e até pirar mas sem perder o prumo, ignorando sumariamente o que não é, atenta para o valor intrínseco das coisas que não tá no óbvio. pelo amor de Deus, será que os poetas os bebês e as crianças sabem ver o que interessa em corpo e espírito?, o que está por tráz, por cima, dentro, nas entrelinhas e não ver o que parece, porque NÃO é o que parece ser, decididamente nunca é..!!. E ficamos inevitavelmente ora mal, ora bem, ora gritamos, ora cantamos, ...deve ser o mesmo vai e vem das ondas do mar, a tal harmonia oculta da natureza que tem que refinar o olhar, como se fosse para o olhar olhar, por exemplo, o vento ou o equilíbrio da natureza, que sem que você faça nada desmancha o que houver de inconsistente por si só e faz aparecer na tua cara a verdade, assim por milagre, e te faz sentir algo terno por ter trazido TUDO à tona, e de volta para o coração, sem muita explicação, porque


verdade milagre e amor não se explica e no limite mandam em tudo...



31 de outubro de 2010

Vivendo Com Não Elefantes


Vivendo Com Não Elefantes
encontrei este livro do YVES MOYEN no exato dia em que o autor o autografava em SP justamente no momento em que questiono aspectos da nossa gestão na empresa, o autor está me instigando, embora ainda esteja bem no início quando ele faz uma análise comparativa de três importantes civilizações (vikings, maias e espartanos) com empresas, supondo que a falta de visão de mundo, de compreensão da complexidade em que se inserem e do engessamento de sua atitude podem levar empresas ao colapso como levou as civilizações, a riqueza de detalhes sobre elas e o quanto é facilmente transportavel a análise de uma realidade na outra estão fazendo a leitura ficar boa, quando terminar eu comento de novo...

meu candidato não se elegeu, tudo bem, eu já sabia...e como diz uma amiga pelo menos hoje a palavra é de prata, mas o silencio é de ouro!

domingo 31/10/2010

26 de outubro de 2010

de volta para casa


eu não postei mas você comentou
essas coisas são a prova contundente de que é o que não pode ser, também é!
nem precisamos nos dar ao trabalho de realizar no mundo fisico
a coisa já se passa no campo do amor e faz o efeito devido
em casa sim, acordando no horário da India ainda já meditada esperando o dia nascer
cachorro se lambe, chá de maçã
um tempo de olhar sem fazer nada, contemplar
antes eu não fazia isso
precisava ter uma atividade nem que fosse dormir
agora felizmente o tempo é interno
que permaneça constante esse acesso ao melhor de mim
por nós, por mim, para nada, nem bom, nem ruim
só isso mesmo...

de Nádia Dantas (aliás lindo) que acabo de começar a seguir!

18 de setembro de 2010

Amor no Mundo

foto extraída da internet flickr

(Carta a ONU) Tradução não oficial
N.. B349 SRCM /

Shahjahanpur, UP
Datação: 08 de julho de 1957

Caro senhor,

Estou contente por receber o seu boletim e envio o meu sincero agradecimento pelo despertar para a paz criado entre todos no mundo. A idéia de paz comum em todas as mentes, embora abalada por conta própria da mente individual, está trabalhando sobre a base individualista para ganhar um, é um fim em si mesmo por conta da estreita mentalidade das pessoas. Dissipar a idéia de self individual e trabalhar harmoniosamente para o bem comum é a demanda da época. As conferências e reuniões realizadas com esse objectivo só pode ser como centelha para oferecer um brilho temporário para o fragmento disperso da paz. Seus gritos no deserto não levar agora ao caminho do sucesso, por causa da agonia material de fé que trabalham na parte inferior.

O que, portanto, exige, no presente é apenas melhorar a disciplina da mente. Devemos aprender a criar dentro do coração um sentimento de amor universal, que é o remédio mais seguro de todos os males e pode ajudar a livrar-nos dos horrores da guerra. Eu concordo perfeitamente com o nosso amigo falecido Sr. Bernard Malan quando ele expressa a sua fé para se unir na busca comum pela felicidade. Felicidade, é claro, é necessária para acabar com toda a tristeza. Mas é como a parede negra dos cientistas, que não lhes permitem avançar na direção do amor universal.

Para chegar até o nível de felicidade real, devemos, necessariamente, elevar-nos acima de nós mesmos, que é essencial para a criação da atmosfera de amor universal. Esse é o fator primordial na solução do problema. A Índia tem estado desde então, em busca dele. Ela não invade outros países para a guerra e sangue derramado, não para a razão de sua covardia, mas porque ela percebeu seu dever piedoso para com a humanidade. Eles foram felizes em suas próprias casas, apesar das incursões tortuosas de suas nações. Estas torturas foram-lhes nada, mas as flores enviadas pelo Divino Mestre para treinar os passos apropriados necessários para a elevação da humanidade, individual e coletivamente.

A semente é tão profunda que ainda estabelece nas suas sucursais flores enchendo o ar com a fragrância doce da paz e da felicidade. Trata-se de tal forma enraizado que, mesmo o pior tempestade não pode arrancá-lo. Essas são as coisas necessárias para o soerguimento da humanidade, que todos, ocidental ou oriental deve tratar como uma parte de seu dever. A menos que o fundamento da paz é feita para descansar sobre a base espiritual sem melhores perspectivas pode ser esperado. É certo e definido, mas que mais cedo ou mais tarde teremos que adotar os princípios espirituais, se queremos manter a nossa existência.

Se a força material pode evitar as incursões e os ataques, o sangue derramado não pode ser evitado, pois mesmo assim temos de aplicar a força causando assim o derramamento de sangue em ambos os lados. A arrogância não pode ser interrompido pela força material. É apenas a força espiritual, que pode remover as causas da guerra das mentes das pessoas. Como introduzir essas coisas entre as massas que ainda não estão familiarizados com a precisão da marca é o problema seguinte e é igualmente complicado. Se minha opinião, deveriam ser convidados gostaria de estabelecer o método mais simples possível, tal comoabaixo

Que todos possam se sentar em uma hora diária fixada individualmente em nossos respectivos lugares e meditar por cerca de uma hora a pensar que todas as pessoas do mundo estão crescendo amantes da paz e piedoso.

Este processo, não sugerida com motivos exclusivamente espirituais, é altamente eficaz para trazer o resultado desejado e tecer o destino dos milhões de miseráveis.

Com a oração para o sucesso da sua nobre missão

Atenciosamente,
Ram Chandra
Presidente, Missão Shri Ram Chandra
Shahjahanpur, UP, Índia

Só se fizer sentido!!

foto extraída do blog http://andoape.blogspot.com/


os pensamentos todos de plantão esperando na porta para ver quem ia me infernizar hoje, aproveitando-se do fato de que me atrasei para sair e não meditei de manhã, pronto...vem o sentimento estranho de isolamento forçado, a identificação hedionda com a Anne Frank, quem nesse mundo de Deus se identificaria com a Anne Frank?? só eu, lendo esse livro lindo mas tão denso que a minha filha comprou na FLIP justo num momento desses meio de transição entre o Ser e o Nada, não tão Sartre assim mas também nem tão Malarmé, a obra é maravilhosa em tempo de Yom Kippur e eu me sinto bem lendo...falta pouco para acabar a guerra, to em 43! e assim, nada como uma boa indignação para você voltar ao ponto, olhar o nada meia hora, desmarcar compromissos e só retornar 1 entre 5 ligações, se desculpando interiormente pelas que não deu para responder, quem ligou porque gosta de você e sabe da tua vida já deu seu afeto só de ter o seu nome piscando no meu celular, me sinto extremamente acurada de decidir que isso basta! acho fofo quem liga é como me mandar um beijo que recebo mas não atendo, é o mundo lá fora que meio sem saber como manda me dizer que tenho suporte, e aí vai me curando porque acaba com essa coisa chata que faz você acabar acreditando no que fez os outros acreditarem sobre você, ou no que acreditaram porque queriam, não vale a pena, tem tanta coisa legal para fazer que os sentimentos aceitos limitam-se aos que fizerem sentido ou ao que trará benefício ao momento! se a gente não tem como se livrar de um sentimento chato, pelo menos não dá muita atenção a ele, bota o foco em outro já que eles vem em profusão. Mal comparando, é como num orçamento, tira um pouco disso acrescenta naquilo, estou negociando com a vida e neste fim de semana se der irei no máximo à procura de ipês floridos, imperdíveis na rua de cima perto da banca, porque já já as flores vão terminar de cair todinhas, vou também aproveitar para comprar a revista Mente & Cérebro deste mês que não tinha chegado em nenhuma das bancas por onde passei a pé hoje, de um bairro ao outro de São Paulo... Não tenho ninguém de quem me ocupar, nem a quem encher a bola ou dar afeto e atenção des-ne ou exageradamente como sempre fiz, tendência que não encerro de estabelecer relacionamentos neuróticos e em desnível comigo, mas em compensação, e deve ser exatamente por isso que agora fiquei "todinha para mim" e "num tenho que nada", e pela primeira vez a esta altura do campeonato quem me ama só acompanha e respeita, de forma discreta e carinhosa, no meu tempo, o meu próprio movimento, acho que to mudando de padrão, sendo trabalhada, e estes são só os primeiros dias de todo o resto da minha vida! ai ai....hora de dormir.

17 de setembro de 2010

Querida Kitty





Aprendi uma coisa: você só conhece uma pessoa depois de uma briga.
Só então é possível julgar o seu caráter.




Anne Frank,
28 de setembro de 1942

28 de agosto de 2010

SOBRE A CEGUEIRA E A MENINA MÁ


ah, sei lá, essa poeira me devolveu às umidades todas, amenidade nenhuma, tempestade no deserto, ando amiga do meu esguicho, vendo claramente nos pingos que viram pó antes de cair na minha grama que no fundo ninguém se vê direito, sabe? nem dentro nem fora das relações !! e também que importa se ver em relação ao outro, importa se ver em relação a si, o entorno será o que você plantou, e cada vez mais me lembro do Ensaio sobre a Cegueira, postado nesse blog um comentário há alguns anos...salva-se aqui quem pelo menos identifica que não é senão uma ver tigem de si mesmo, melhor assim, frugalidades são frutas frescas e franquezas são indigestas, nada como um "tá seco o tempo, né?" ... fulano isso fulano aquilo, o que importa tá lá no fundo na maioria das vezes sucumbido e dá uma preguiça dessa mesmice humana na qual me incluo que prefiro voltar para o meu livro..chega de vulcão da islândia atrasando meus vôos e me infernizando o dia todo, o remoto controle eu aperto feliz porque se há uma coisa que eu não quero mais é a ilusão de controlar coisa alguma e de não precisar disso, só talvez a temperatura da água no mais estou feliz destemperada e devo começar a estar enxergando porque já não pretendo tentar me fazer entender, como é bom se saber estúpida e estar de bem com isso, tudo claro, nada resolvido, assim é e vou caprichar no "não quer ouvir não fala", no "não mostro o caminho nem vou na mesma direção", só fecho com as plantas, o esguicho e os meus bichos, eles não são tão idiotas que possam me atrapalhar o prazer de ser uma menina má
tirei minha perspicácia da roda da fortuna, em que me tomam por uma iguaria gratuita e tirei minha inteligência do serviço publico, e tirei ambas inteirinhas também do mundo privado e as tornei de uso exclusivo meu, pessoal e intransferível...com ingressos esgotados, que conforto.

post quente e seco

Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.



Leminski