Como ensinar de novo, contudo, o que havia sido ensinado corretamente e aprendido de modo errôneo um milhão de vezes, ao longo dos milênios da mansa loucura da humanidade? Eis a última e difícil tarefa do herói. “O herói de mil faces” – Joseph Campbell
26 de dezembro de 2009
abandono
24 de dezembro de 2009
doismiledezbeijos
imagem extraida da internet
não sei porque mas não consigo ficar sem me entupir do que é belo nos meus dias de folga, não importa se é uma estética vaga jogada não é minha se os textos são garimpados nos blogs que eu curto nas obras que amei ter lido eu gosto de expor tudo no blog como presentes sobre a cama no dia do aniversário, e quanto mais cheia ficava a cama mais feliz o dia, a boa festa é medida pela bagunça que deixa pela suspensão do tempo pelo momento eternizado quando a luz é perfeita, a foto impecável, a obra impagável o texto é sutil o olhar é languido o natal é impróprio o preço é alto me cansa a simplicidade externa me acalenta a riqueza das escolhas, simplório não, a beleza pode ser natural e direta mas a excelência é elaborada a sutileza exige o saber negado que no entanto houve, a crítica reservada já não se mostra mas dá um salto e já vai no ponto sem se perder dançando gostoso na alma que sua parada...
cultivo
Xenofonte escreveu 2400 anos atrás que "Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar..Há homens contudo que investem toda a sua energia no cultivo de árvores para colher frutos e são negligentes com o amigo, o bem que mais frutifica". O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir. Assim sendo, pode fazer por nós o que não temos como fazer por nós mesmos. Ele ilumina o caminho. Ele sabe suspender seu desejo para que o do outro se manifeste. O que ele mais quer é o acordo. Está menos interessado nos eventuais benefícios materiais que a amizade pode trazer do que no fortalecimento desta. Visa sobretudo ao contentamento do outro e não deve ser confundido com o cúmplice, que visa ao próprio interesse e se liga a alguém em função do que almeja alcançar. O elo de cumplicidade tende a ser efêmero enquanto o de amizade é para sempre. Em outras palavras, o amor dos amigos nunca é de agora, e sim para a vida inteira. Também por isso há milênios a amizade inspira escritores, que se perguntam de que modo escolher um amigo, quais as caracteristicas de um amigo verdadeiro e o que nós devemos a ele. Os escritores - os melhores, entre eles - sabem que a amizade nasce espontaneamente, mas só dará os seus melhores frutos se for cultivada.
Betty Milan, na Veja dessa semana