1 de novembro de 2012

Mãe Bernarda


Juquehy
 A Av. Mãe Bernarda tem lá seus 7 km de extensão, que se percorridos à pé a noite será todo o caminho  perfumado de cheiro da madressilva ou dama da noite dos jardins dos condomínios elegantes. Nós achamos uma hospedaria que aceita animais é toda iluminada com feias lâmpadas frias e aspecto simples que garante hóspedes de classe média como nós. Chegamos a tarde e saímos a pé para procurar alguma coisa pra comer,  tomamos um pouco de chuva, depois dormimos. Depois saímos de novo e andamos agora toda a extensão da avenida até a pizzaria. O cachorro acompanha tudo com total obediência e paixão, nos segue e qualquer um dos três que se afasta ele chama, avisa, reclama. O domingo amanheceu com horário novo, um sol de rachar, olhar o mar por cinco horas seguidas faz a gente melhorar mesmo que já estivesse bem, nunca estamos tão bem quanto quando estamos frente ao mar. Vários mergulhos depois os meninos saíram um pouquinho de bicicleta e logo fomos almoçar olhando o mar, peixe frito com batatas e o mar. Fomos dormir e roncar ainda com sol na janela, forte lindo de presente. Acordamos com outra luz, um filtro magenta do fim da tarde, lá no horizonte um cara pratica stand up paddle ou seja desliza  em pé numa prancha sobre as águas agora sem ondas, do mar. O cachorro é farejador, olha pro horizonte e cheira o ar em direção ao mar esticando o fucinho e olhando para nós com olhar de passarinho,  meio atônito com tanta novidade , meio grato, eu acho, pela permissão que obteve pra ficar nesse grude com a família toda de uma só vez, ele que passa a maior parte do tempo com a empregada nunca desfrutou de tanta mordomia.
Um café um sorvete e a certeza de que ainda esse ano a gente volta pra Juquei, que conheci sem asfalto sem casa alguma, onde eu tomava banho no rio que hoje faz os fundos das mansões endinheiradas dos ricos que chegaram muito depois e transformaram a nossa praia num luxo só. Não temos nada contra isso, mas demos sorte de poder de vez em quando desfrutar desse paraíso.
Chove na estrada, é noite, voltando pra casa. Essa semana com certeza será mais tranqüila, renovamos o prazo de validade da nossa energia. Pronto, São Paulo, você  pode recomeçar a consumi-la já estamos a postos.
21 de outubro de 2012



Enviado via iPhone

18 de outubro de 2012

meu ideário

     
eu sei e você também sabe que há proselitismo, eu sei e você também sabe agora que a coisa não é bem assim mais, você precisa entender que um nasce para sofrer enquanto o outro ri, o que não quer dizer absolutamente nada, é só uma condição, boa ou ruim já vira julgalmento, vira parte, sai do todo, uma experiencia chata mas necessária, pontuar o regime, estou às voltas com meu dia a dia e ele é bastante revolucionário porque não sou nem nunca fui nada convencionalmente, todos os meus papéis os desempenho a meu modo, a partir da minha consciência e isso me custa caro, tá pago! quinta dura, quinta simples, minha filha tá no cinema com o namorado, vou dormir feliz, com minhas contradições, produtiva gerando renda e pagando salários

10 de junho de 2012

Yo-Yo Ma, Edgar Meyer, Chris Thile And Stuart Duncan: NPR Music Tiny Des...




mas isso não é uma delicia?? entra para minha seleção de momentos especiais comigo mesma! manhão fria de domingo de junho chegando ao fim, daqui a pouco vamos pensar no que comer e depois passear, sinto que estou tocando o céu com a ponta dos dedos, como esses músicos maravilhosos, a arte não é outra coisa senão a expressão daquilo que a gente sente feita pelo outro, seja o musico o artista plastico o ator, ai que delicia!! viver esta vida é feito disso, desses momentos e na verdade é de um conforto sem fim perceber-se confortavelmente no seu momento, quando já não importam tantas coisas pelas quais até ontem você daria tudo, filho com mais de 20 também vira pura troca, porque eles te trazem de volta aquilo que você fez deles e aí é muito legal ver em que se transformaram sem ter mais a preocupação de orientar sobre as coisas, a educação tem seu tempo e quando esse tempo passa ela vira colheita, já vejo chegar a minha hora de compartilhar com minha filha só o que sou, sem me importar mais em dizer o que me pareceria melhor para ela influenciá-la muito menos, quase que posso já assistir sua caminhada, saber quando algo vai dar errado e conscientemente deixar que dê, é sua vida! no limite, agora me preencho mesmo é do cuidado comigo, porque vamos ficando mais permissivos com o passar do tempo, e encontrar o ponto entre cuidar-se e curtir plenamente o momento é o que se chama equilibrio...ontem ouvi uma interessante e rápida história ( as histórias longas já não tenho paciencia) sobre a divisão que houve nos EUA e sobre quem é que dá as cartas em NY e de repente isso tornou-se um dado para mim, um dado que me põe como elemento central, que me mostra claramente que fiz uma escolha, que poderia ter feito outra, e que nada mas nada mesmo é absoluto, deixo falar o coração sem qualquer pretensão de tornar-me pura nem iluminada, entrego-me o tanto que consigo, e vivo o tanto que posso, super a vontade na minha condição, humana. hora de respirar lá fora ! thank you!

9 de junho de 2012

ENTENDENDO SINAIS - Yo-Yo Ma &Bobby McFerrin


excelente esse negócio de entender sinais, então essa coisa humana que atrapalha e tambem possibilita, esse apuramento dos sentidos e esse olhar piedoso que a tudo contempla e diz: puxa! pobre de nós! somos todos assim muito ruinzinhos mesmo e muito maravilhosos também, uma ao vivo após o sitting outra pelo FB outro só mostrando em atitudes uma outra coisa ainda mais séria que é a prevenção contra desapontamentos, e vou arrumando a minha tele, minha objetiva vai distanciando em vez de dar um zoom e na verdade consigo ver o todo do tamanho do pontinho no infinito onde alias eu tambem estou, formigosa, li hoje a piada da formiguinha, o dia foi tão longo que nem me lembro onde li deve ter sido no FB onde mais, na revista de negócios ou no livro do sahajmarg é que não foi que eu li uma piada da formiguinha, mas assim vamos, da ira ao amor, do chá ao carboidrato, do erro ao acerto, estamos todos no mesmo barco, bobo daquele que acha que sabe alguma coisa..vamos desmanchando o sarau desigual antes que ele desande que nem um angu indigesto e antes que alguem note que ele existiu, é nós, como se diz por aí nas calçadas o povo da rua...um brinde de coca zero aos fantasticos Yo Yo Má & Bobby Mc Ferrin, coisa louca! clima bom! que absorva todos os males e tensões começando agora e já já se dissipando as 21hs pontualmente...beijo

8 de junho de 2012

OH, DELICIA Adélia Prado - O Amor

ATÉ ONDE? Marcelo Gleiser - Jogo de Idéias - Parte 2

ATÉ ONDE 1 -- Marcelo Gleiser e Humildade da Ciência



"O Mito da Criação" --- ...foi aí que tudo começou, o grande impacto de um fisico de carreira virando escritor e tornando-se referencia num publico leigo, há questões que remetem às origens, do cérebro, do universo, questões que todo mundo uma vez na vida se perguntou, são metafísicas e dizem respeito à todos que pensam...cita Milan Kundera, que fala das perguntas essenciais, as que não tem resposta, e faz com que as pessoas busquem a origem do conhecimento, as respostas científicas não dão conta da origem do universo, é fundamental que exista o desconhecimento, a ignorância ( no bom sentido), porque só ela permite admitir que não temos resposta para tudo, a ciência é completamente Humildade!
Fisica para Poetas - o curso que ele dá faz tempos já na verdade chama-se "Entendendo o Universo a Ciencia através dos Tempos",  é para leigos...

TODO EM QUNTAS -- Cinco Poemas Concretos e Eu



Um dia solto
Bem concreto
Reto direto
Pleno e incorreto

2 de junho de 2012

quando nada está acontecendo: maturidade

quando nada está acontecendo: maturidade: tive medo de olhar. achei que se demorasse um pouco, quem sabe a coisa ganhasse o aspecto que eu queria. enquanto não olhasse, ela poderia s...

caixinhas vazias

super legal ouvir como foi o diálogo com o motorista do ônibus num fim de tarde em plenos 300 kms de congestionamento em SP, um sorriso, um alivio , um momento legal, uma aluna mais ou menos deprê e uma atitude generosa fizeram a aluna sorrir, uma atitude surpreendente de perdão, de demonstração de amizade, um carinho especial do nada, menos raiva, menos dureza e frivolidade, a base de uma natureza de bondade faz tudo ficar mais legal sempre, saber que uns tem mais outros tem menos, outros tem tem outros tipos de dificuldade mas no fundo tá todo mundo na mesma onda, e quanto mais realidade tiver na jogada melhor, quanto mais a gente enxergar seus limites e precariedades melhor poupa o outro de ter de mostrar resgatar se virar quando a gente extrapola e o que mais se faz quando não se pratica a auto-critica é extrapolar, estragar, afastar, complicar, nada como um olhar distanciado, uma atitude despretensiosa e uma realidade bem nua e bem crua para gente deixar de ilusão...dá um alívio deixar de se achar, ai ai!! caixinhas para abrir e se esvaziar!!

15 de maio de 2012

Yamandu Costa - Ao Vivo, part 1 of 5

quem não quer morrer ouvindo esse violão? dá vontade se derramar entre as cordas, dedilhar sonhos e lembranças///boa noite YAMANDU COSTA

13 de maio de 2012

Caetano Veloso: Vuelvo al Sur (En vivo)

Romério Romulo

eu sempre fui ao coração das coisas revelei minhas tripas aos insensatos e velejei pelos mares mais torpes em busca da ciranda. parti todas as lanças que me mandaram e, no último instante, arremessei meus ossos no lodo. quando virem um ser penado uma vaga incandescente nas valas contem certo: sou eu atravessado nos pastos. romério rômulo

12 de maio de 2012

Limites

porque todas as coisas são pequenas e irrelevantes, porque o que interessa nunca é evidente nem facil pouca gente entende vê valoriza e é melhor que isso não faça a menor diferença para você senão tem uma grande chance de você se dar mal, e uma história puxa a outra e uma clareia a outra por mais que nas aparências pareça que tudo acabou, o que acabou foi a crença , o que ficou foi o riso solto, então de novo você olha e não se vê nas fotos, nem nos grupos, nem nas partes, nem do todo, você faz parte mas não está lá, engraçado porque é uma tendência, e todas as coisas são bem evidentes para você e super cansativas porque de novo voce não está lá embora faça parte, mas infinito é onde estão eles, nadando no oceano que adoro imaginar, nós somos cheios de limites ou piramos, também ela detesta limites, mas bem que tá botando o seu, um a um, no lugarzinho certo, e você? qual o seu?

5 de maio de 2012

#proachile

o nome do bairro é Providencia e a dona da janela é a José, uma menina chamada José, pode ser mais lindo seu nome? Maria também, Maria José, e o bairro devia ser Providencia Divina, porque no fundo tem uma atmosfera de proteção e de paz bem grandes, como que medindo a energia se pudesse obter algo comparável à energia dos altares, e ao mesmo tempo a da tensão social, uma saudável contradição, a das buscas internas, a da transformação através da política, a das águas que não estão paradas em nenhuma instância, há uma camada de harmonia oculta que é das pessoas mas também é do lugar, uma rotina de conforto material porém socialista, como meu pai me ensinou simplicidade é uma maneira de pensar e viver mas você precisa estruturar sua vida no reino da necessidade para alcançar o reino da liberdade ( Karl Marx ), sob a égide da subjetividade humana na politica, como queria Lukacs na ontologia do ser social, a pratica marxista (ou a da meditação) no limite cultiva a sensibilidade para a mudança de nós mesmos e do nosso entorno por tantas vias, e a poesia vem nas entrelinhas dessa realização completar o ser, que tem poder ser tudo que ele é como na Ideologia Alemã, pescar de manhã, ser marceneiro a tarde, poeta a noite, vivendo plenamento aquilo que o difere de uma abelha, e tudo fica meio que por conta de quem vê o mundo sob outra ótica, a dos valores humanos, a de quem sonha e pode entregar-se ao ato de perceber sua beleza no perfil de um povo culto, meio índio, meio basco, meio super europeu e bem desigual como de resto é toda a américa latina, amoroso, bonito, elegante, sincero, o país é lindo mesmo, fino e comprido como o cabelo das mulheres, bem colocado sobre a rachadura de duas placas tectônicas, e pode tremer a qualquer momento, não obstante isso constrói-se e reconstrói-se o tempo todo, seja por terremoto ou por revolução, sua sorte se arrisca alternadamente, como país, como identidade no cenário politico, e o que é mais importante não se dispersa derramado inutilmente sobre uma extensão territorial desagregadora ainda que mais multipla, pobre, rica incomparavelmente mais complicada a meu ver como a de paises continentais como o meu, com suas inviabilidades, não foi assim que nos conhecemos? naquela impossibilidade minha de trazer para implantar politicas socias por aqui? acho que foi, não foi?

lararilaralá

26 de fevereiro de 2012

Imbatível Astral

Tudo vai muito bem nesse momento, Henri Cartier Bresson para manter o altissimo nivel do astral, fim de tarde rever amigas do equipe, tarde com a familia, filha estuda, livraria no programa, almoço...algo se passa de bom que nem sei o que é mas se passa, parece que agora é uma questão de tempo para que ainda melhore ainda mais, cortei a ponta dos rabichos do cabelo, assim mesmo como a Frida Khalo, meti a tesoura e adorei o resultado, uma fita vermelha para colorir o semblante e estou pronta, pra nada mas estou..vi meu professor mais animado na rua andando de bike de circo esta manhã no parque quando voltava da meditação, e indo para la também tinha dado de cara com ele descendo a Brigadeiro...enfim uma visão do céu mesmo, porque em 1978 era exatamente o que ele fazia quando mudavam as estações ele anunciava isso pondo flores na bicicleta para ir dar aula, usava um macacão com abertura no traseiro, será que isso é real ou faz parte do meu imaginário? isso é real e é Colégio Equipe, doce memória do passado na rua Martiniano de Carvalho, Vila Itororó, aulas de fotografia com Jorge, laboratório fotográfico no topo do convento da igreja catolica, um bando de garotos e garotas criticos, filhos dos anos 70, em plena repressão cultuando a arte a literatura, shows, musica, passeios, discussões teóricas, o Serginho Grossman fazia altas horas só para nós, vai dizer que foi um colegial como outro qualquer? não, não foi, nem melhor nem pior que nada, apenas único. Hoje é dia de rua! registrada a minha animação e o fim do horário de verão.

11 de fevereiro de 2012

FIM DO ESTADO DE ALERTA

tem sido muito legais os ultimos tempos e cada vez melhor tem se encaminhado as questões todas, parece que de um momento para o outro parou totalmente o entroncamento de vias conturbadas desde as do meu nariz até as do transito, as minhas artérias, os caminhos da familia, o entorno, as tarefas, as pessoas queridas se aconchegando cada vez mais confortavelmente em cima das suas proprias histórias, mudando, se aceitando ou sarando cada um a seu modo tá ficando bom demais...ai, a liberdade vai brotando de dentro e parece aquelas trepadeiras que vão invadindo portas e janelas, as ameaças nem vejo, os medos empurro junto as pragas para fora da minha grama, nem vem...!!!infinita paciencia comigo e com o ser humano em geral, cachorro dorme, comida pronta, um pós graduação é uma chatice mas to a fins de aprender totalmente outra coisa, acho que dou conta do que já faço, náo investiria mais nisso, eu quero a simplicidade de uma vida bem plena entáo aquela aresta que fiquei me devendo na minha formação vou me devolver agora, ou então vou dar um mudada radical na proposta, a ver, to sem pressa, isso é fundamental, ACABOU O ALERTA, agora pode vir até ciclone que eu to na boa a cuidar da casa, ir trabalhar, juro que não vou mais me alvoraçar com NADA, vou fechar casa, estudar de novo, mudar um pouco o foco do cotidiano, agora chega de sobrevida de sobrepeso de sobrecarga...deu! primeiro post de dois mil e doce