13 de agosto de 2010

Leminski !!!!!


Um homem com uma dor

Um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegasse atrasado
andasse mais adiante.

9 de agosto de 2010

A arte existe porque a vida não basta....!!



a descontração de estar alí para falar de literatura, honrar seus mitos, homenagear seus mestres eleva Paraty de patrimônio histórico à categoria de patrimônio poético e sentimental de quem ama as palavras...., sem contar a referência ela ficou reeditada, claro, com o velho renovado e parece nova assim toda arrumadinha com ares de galeria de arte de primeiro mundo, sobreposta nas madeiras caxetas macias dos barquinhos..quanto eu quiz estar alí e sair correndo como saem as crianças quando chegam na praia, queria ter estado lá o tempo todo porque nunca está de bom tamanho o objeto do desejo e a gente fica sempre com gosto de incompletude, lá no começo desse blog, nos posts mais antigos tem um sobre a Flip....amor do passado, revisitado sob a égide das letrinhas....as do Gullar que expressou tão bem a bronca que eu mesma sempre tive daqueles chatos dos Pignataris, os irmãos Campos até que tudo bem a poesia deles é a da minha irmã, daquele tempo de bastante arte na nossa vida, mas os demais nunca me tocaram....e lá estava a Paraty dos meus 16 anos, da padaria vermelha da manteiga que derrete, e depois da minha lua de mel regada a café com bolo trazido por uma mucama no meio das tardes de amor, os fuxicos e o patchwork.. na praça da matriz o povo aproveita super preparado para os euros e dolares passeando para lá e para cá nesse fim de semana em que Paraty virou uma livraria a céu aberto, com gringos espalhados para todo lado, as arvores que ganharam livros infantis pendurados com barbantes em seus galhos e agora participam da festa com seus brincos de fábulas, o Sancho Pança de papier maché e o garoto que olha o carro bem distante da corrente diz: querrrrr literatura, moça? pode estacionar tem logo alí...!