Como ensinar de novo, contudo, o que havia sido ensinado corretamente e aprendido de modo errôneo um milhão de vezes, ao longo dos milênios da mansa loucura da humanidade? Eis a última e difícil tarefa do herói. “O herói de mil faces” – Joseph Campbell
12 de junho de 2008
BECKETT AND ME
Samuel Beckett, in 'Textos para Nada'"Não importa. Tente outra vez. Fracasse outra vez. Fracasse melhor."
10 de junho de 2008
9 de junho de 2008
LEONARDO POLI
tece palavras de amor
à vida
a que foi e à que virá
se desnuda.
Ainda mais soa
entre sombras
de um meio-dia
como o amanhã
a ofuscar um ontem
como uma nova tez
em uma branca manhã
from Leo to me
A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA
Numa só coisa, estranhamente, a natureza se recusa a dar aos homens um desejo forte. Trata-se da liberdade, um bem tão grande e tão aprazível que, perdida ela, não há mal que não sobrevenha e até os próprios bens que lhe sobrevivam perdem todo o seu gosto e sabor, corrompidos pela servidão.
A liberdade é a única coisa que os homens não desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples de obter.
Discurso Sobre a Servidão Voluntária (1549)
Título original
Discours de la servitude volontaire
Étienne de La Boétie (1530-1563)
Hyeronymus Bosch
by artegenial.blogspot.com
GLEISER
A Dança do Universo
Marcelo Gleiser
Pg. 396. Como vimos, a cosmologia é a única da Física que lida com questões que podem também ser legitimamente formuladas fora do discurso científico
Não, não me enganei. Gleiser continua recusando-se a admitir que há possibilidade de se estender o discurso científico para abarcar questões que são excluídas do discurso atual. Ele começou seu livro fazendo uma resenha de alguns mitos da criação. Mas para ele, esses mitos são questões religiosas, que fogem à possibilidade de compreensão, e tratam de questões de fé. Ele está correto quanto às religiões antigas, as tradicionais e as muitas novas "Igrejas" que pululam por aí arregimentando os incautos. Só que hoje já existe a possibilidade de se lidar com questões não-físicas conservando os princípios fundamentais que deveriam nortear uma ciência humana. Obviamente os mitos que ele cita não são compreensíveis com o discurso atual da ciência. Mas isso não significa que esse discurso não pode ser ampliado. Basta para isso ter coragem de se sair do poço do materialismo, sem abdicar da objetividade, da consciência na experimentação e na transmissão de conhecimentos por meio de conceitos. Isso É possível, e já foi feito.
( Comentários sobre....de Waldemar Setzer)
8 de junho de 2008
ESSE É MEU BLOG
Oi! aqui tem esse espaço para derramar todo desencanto alegria descoberta ou pranto, quem quiser, precisar, aparecer, pirar, suspirar, e acaso encontrar esta mesa posta e quiser me ajudar a trançar a rede que na praia deixei inacabada tendo de voltar. Vou sair na madrugada para o alto mar e escreverei todos os peixes ao voltar com a prata do luar e o vento vindo do mar a balançar as imensas folhas de bananeira, para depois esticar a esteira de taboa e botar o blog no ar ...enfim terminar! te convido , pode entrar, tem um bule no fogão se quiser pode ligar o fogo e se virar...só me deixa terminar o que estou fazendo depois leio o que vc postar... num outro dia o mesmo vento do mar bate na Paulista e na Brasil atravessa a ponte da Euzébio e vai levar a gente até o nosso sonho mais proximo de achar uma banca aberta comprar jornal um chocolate a esperar a branca tez da manhã a chegar.....
Marta
ANTROPOSOFIA
CARA FRIDA
Da minha coluna torta
do meu pescoço duro
almejo a parede turquesa
e a tesoura que pica a aparência
furibunda da minha fisionomia
não durmi com Trotsky mas
levantei processos que revolucionaram
sim apenas a minha propria vida
fazendo ver a miséria humana
mais que evidente encerrando
contente o ciclo fértil da
improdutiva vida de quem
não tem não vem e sem ninguém
simplesmente enfeita o mundo
com rosas e se sente bem
beijo
Marta
FLORBELLA
Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago…
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho…
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!…
E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!
Florbela Espanca - Trocando olhares - 24/04/1917