21 de janeiro de 2011

A Mente: além de insistente, ela Mente



foto de Jade Medeiros extraída da internet


a gente não medita para evoluir coisa nenhuma, isso não é assunto nosso, a gente medita é para ficar presente e atento ao que é, num primeiro momento a gente fica de observador e também de observado, descobre que tem os dois papéis ao mesmo tempo, então sente as situações que passam em volta com os olhos fechados e dentro da gente também passa um monte de coisa, aí fica assistindo ao filme, à peça que a vida é, e depois, se tiver paciencia e calma desfruta da sensação intraduzível de estar lá, plenamente presente, absorvendo o barulho do silencio, ouvindo o passáro mais distante cantar lá do outro bairro, sua audição se amplia e o canto mudo dos recônditos da sua mente/insistente que aí fica claro o quanto é ausente por ser movida à emoção não a sentimento, por se ater às impressões e não aos fatos, por ser apelidada de ego, ser meio egoista, burrona, não gostar de aprender, então você descobre uma das maiores maravilhas da meditação: que você tem escolha! você pode escolher o que pensar, ganha discernimento pensamental, se é que a palavra existe, e enfim não precisa de ..NADA, ou depende de TUDO, estar plenamente satisfeito com tudo ou ter uma lista de irrealizações, você pode escolher ondas de puro amor e oxigênio ou anseios expectativas e angústias, aí se prosseguir, é capaz de logo logo poder também contemplar todo resultado da angustia, do sofrimento, do anseio humano mas através da poesia da musica da arte enfim e sair correndo para fechar as janelas que está trovejando muito, vai começar outro dilúvio em são paulo..!!

20 de janeiro de 2011

Regina Spektor - Après Moi (Austin City Limits 2007)





Regina Spektor foi minha mais recente descoberta, de blog em blog, de boca em boca, procurando um piano que há tempos não ouvia, encontrei-a. Ainda sei pouco sobre ela, mas sentí a tensão russa numa doçura que não é evidente, numa cara que não é óbvia, numa musicalidade clássica, enfim, assim minha tarde vazia foi suavizada, eu ía pintar o muro da frente da minha casa de rosinha mas pintei de mexerica, melhorou muito meu ânimo isso. Agora ouço musica e penso em quantas musicas ainda tenho pela frente para conhecer, quanto sono para desfrutar, quanto mêdo para jogar fora e ter que cumprir todo dia esse ritualzinho bobo de lembrar a mim mesma que é possível mudar o tom, o sentimento, criar outro, escolher um. Quando esqueço disso logo tenho que achar algo, como essa cantora, ou um livro, uma receita, um post, a própria vida que me nutre para eu poder depois me recolher e cumprir o unico ritual que me faz sentido e que não envolve nada nem ninguém...

16 de janeiro de 2011




foto obra Gonçalo Ivo, extraído da Internet


Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...