Como ensinar de novo, contudo, o que havia sido ensinado corretamente e aprendido de modo errôneo um milhão de vezes, ao longo dos milênios da mansa loucura da humanidade? Eis a última e difícil tarefa do herói. “O herói de mil faces” – Joseph Campbell
21 de janeiro de 2011
A Mente: além de insistente, ela Mente
foto de Jade Medeiros extraída da internet
a gente não medita para evoluir coisa nenhuma, isso não é assunto nosso, a gente medita é para ficar presente e atento ao que é, num primeiro momento a gente fica de observador e também de observado, descobre que tem os dois papéis ao mesmo tempo, então sente as situações que passam em volta com os olhos fechados e dentro da gente também passa um monte de coisa, aí fica assistindo ao filme, à peça que a vida é, e depois, se tiver paciencia e calma desfruta da sensação intraduzível de estar lá, plenamente presente, absorvendo o barulho do silencio, ouvindo o passáro mais distante cantar lá do outro bairro, sua audição se amplia e o canto mudo dos recônditos da sua mente/insistente que aí fica claro o quanto é ausente por ser movida à emoção não a sentimento, por se ater às impressões e não aos fatos, por ser apelidada de ego, ser meio egoista, burrona, não gostar de aprender, então você descobre uma das maiores maravilhas da meditação: que você tem escolha! você pode escolher o que pensar, ganha discernimento pensamental, se é que a palavra existe, e enfim não precisa de ..NADA, ou depende de TUDO, estar plenamente satisfeito com tudo ou ter uma lista de irrealizações, você pode escolher ondas de puro amor e oxigênio ou anseios expectativas e angústias, aí se prosseguir, é capaz de logo logo poder também contemplar todo resultado da angustia, do sofrimento, do anseio humano mas através da poesia da musica da arte enfim e sair correndo para fechar as janelas que está trovejando muito, vai começar outro dilúvio em são paulo..!!
20 de janeiro de 2011
Regina Spektor - Après Moi (Austin City Limits 2007)
Regina Spektor foi minha mais recente descoberta, de blog em blog, de boca em boca, procurando um piano que há tempos não ouvia, encontrei-a. Ainda sei pouco sobre ela, mas sentí a tensão russa numa doçura que não é evidente, numa cara que não é óbvia, numa musicalidade clássica, enfim, assim minha tarde vazia foi suavizada, eu ía pintar o muro da frente da minha casa de rosinha mas pintei de mexerica, melhorou muito meu ânimo isso. Agora ouço musica e penso em quantas musicas ainda tenho pela frente para conhecer, quanto sono para desfrutar, quanto mêdo para jogar fora e ter que cumprir todo dia esse ritualzinho bobo de lembrar a mim mesma que é possível mudar o tom, o sentimento, criar outro, escolher um. Quando esqueço disso logo tenho que achar algo, como essa cantora, ou um livro, uma receita, um post, a própria vida que me nutre para eu poder depois me recolher e cumprir o unico ritual que me faz sentido e que não envolve nada nem ninguém...
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