Como ensinar de novo, contudo, o que havia sido ensinado corretamente e aprendido de modo errôneo um milhão de vezes, ao longo dos milênios da mansa loucura da humanidade? Eis a última e difícil tarefa do herói. “O herói de mil faces” – Joseph Campbell
31 de dezembro de 2009
dando linha na pipa
...ninguém entra aqui mas em todo caso happy new year for all...tin-tin...Marta
26 de dezembro de 2009
abandono
24 de dezembro de 2009
doismiledezbeijos
imagem extraida da internet
não sei porque mas não consigo ficar sem me entupir do que é belo nos meus dias de folga, não importa se é uma estética vaga jogada não é minha se os textos são garimpados nos blogs que eu curto nas obras que amei ter lido eu gosto de expor tudo no blog como presentes sobre a cama no dia do aniversário, e quanto mais cheia ficava a cama mais feliz o dia, a boa festa é medida pela bagunça que deixa pela suspensão do tempo pelo momento eternizado quando a luz é perfeita, a foto impecável, a obra impagável o texto é sutil o olhar é languido o natal é impróprio o preço é alto me cansa a simplicidade externa me acalenta a riqueza das escolhas, simplório não, a beleza pode ser natural e direta mas a excelência é elaborada a sutileza exige o saber negado que no entanto houve, a crítica reservada já não se mostra mas dá um salto e já vai no ponto sem se perder dançando gostoso na alma que sua parada...
cultivo
Xenofonte escreveu 2400 anos atrás que "Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar..Há homens contudo que investem toda a sua energia no cultivo de árvores para colher frutos e são negligentes com o amigo, o bem que mais frutifica". O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir. Assim sendo, pode fazer por nós o que não temos como fazer por nós mesmos. Ele ilumina o caminho. Ele sabe suspender seu desejo para que o do outro se manifeste. O que ele mais quer é o acordo. Está menos interessado nos eventuais benefícios materiais que a amizade pode trazer do que no fortalecimento desta. Visa sobretudo ao contentamento do outro e não deve ser confundido com o cúmplice, que visa ao próprio interesse e se liga a alguém em função do que almeja alcançar. O elo de cumplicidade tende a ser efêmero enquanto o de amizade é para sempre. Em outras palavras, o amor dos amigos nunca é de agora, e sim para a vida inteira. Também por isso há milênios a amizade inspira escritores, que se perguntam de que modo escolher um amigo, quais as caracteristicas de um amigo verdadeiro e o que nós devemos a ele. Os escritores - os melhores, entre eles - sabem que a amizade nasce espontaneamente, mas só dará os seus melhores frutos se for cultivada.
Betty Milan, na Veja dessa semana
noite feliz será a sua
19 de dezembro de 2009
5 de dezembro de 2009
ponto zero
27 de novembro de 2009
MOOCA BAIXA
estrangeira, montei empresa familiar na mooca baixa faz quase dez anos e todo dia atravesso a cidade num transito cão para ganhar o pão lá, que é perto da zona "lost", que tem lixo nas calçadas, não tem vaga nunca, todo mundo se conhece, tá do lado da boca mas ninguém te rouba e tem o mais forte sólido e lindo e antigo comércio e indústria do país , tá grudada na zona cerealista plena de caminhões gigantes cheios de batatas e cebolas e nos armarinhos com prateleiras de duzentos metros de aviamentos, zipers, passamanarias, linhas de todas as cores, academia gratuita ao ar livre debaixo do viaduto super completa com box e muita gente malhando de graça na maior boa, escolas técnicas boas e faculdades ruins, é o mundo do ofício, da oficina do chão de fábrica e não das carreiras, não tem o que não tenha na mooca, a burguesia da mooca alta se refastela no Di Cunto e a classe média se entope de esfiha no Juventus, a farmácia parece um supermercado e o cara sabe tudo que você precisa porque te conhece, a Visconde de Laguna é " a rua " e tem tudo pela metade do preço do campo belo ou da vila madalena, parece outra cidade, no mais, tem a festa de san genaro na minha rua, encravada na frente da janela da minha pequena fábrica onde escuto várias vezes por dia o apito do trem (é serio, e nem eu acredito!) e o sino da igreja na minha altura, que é o segundo andar de onde eu descanso o olhar vendo a torre do banespa, a silhueta da cidade prédios prédios prédios... e um por de sol vermelho, e a açougueira gorda de bermuda fazendo entregas de bicicleta, ela que pintou o açougue de vermelho ferrari, não sou bairrista para dizer que amo a mooca, mas sem ela eu não faria entregas no jardins, sem ela não veria centenas de velhos saudáveis corados simpaticos que me chamam de lindinha indo para o banco pegar sua aposentadoria...é de lá que eu tiro o meu sustento, não acaba mais o texto da mooca, vou para lá então, que tá tarde, se eu fosse de lá não chegaria na empresa as dez horas e sim rigorosamente as oito....
24 de novembro de 2009
A BAHIA E A MADISON
7 de novembro de 2009
BATIK CERÂMICAS DE UM TEMPO REMOTO
imagens extraídas da internet
5 de novembro de 2009
PILATES NA CABEÇA
3 de novembro de 2009
A importância de Claude
Fica menos valioso o mundo no dia em que os monstros sagrados se vão. Hoje morreu Lévi-Strauss. Foi ele que me exigiu a primeira verdadeira abstração ao me fazer pensar que os mitos se pensam nos homens...sua obra me endoidecia e fazia esquecer que tinha a finalidade de virar prova ou trabalho para faculdade...eu lía e me perdia e pensava como podia ser aquilo enfim. Na verdade, as estruturas elementares de parentesco e alguns textos extraídos de obras contudentes me fizeram gostar de antropologia, mesmo sem que fosse ela a minha eleita entre as minhas amadas sociais, preferí me dediacar ao conceito de alienação, à consciência ao invés dos índios...mas assim como o Camus, o Marx, o Freud, o Gramsci, e sobretudo o Luckacs, Lévi-Strauss povoou meu mundo aos vinte e poucos e foi importante....Vai em paz mestre, de sua eterna aluna Marta
25 de outubro de 2009
The Incredible String Band
eles eram uma band acústica escosesa dos anos 60 que a gente redescobriu aqui nos anos 80 e ouviu muito...as letras colocavam qualquer banda psicodélica da época no chinelo e falavam de viagens alucinógenas nesse clima bucólico de cachorro criança e teatro...não eram nada demais mas tinham um universo tão restrito à loucura essencial daquela época que acabavam se destacando no mar de rock que banhava o mundo em que vivíamos, um pouco ainda somos assim até hoje, alguns de nós menos contemporaneos e mais inviáveis que a maioria anônima, toda over, toda freek....mas que com esse viés de música e poesia e busca infinita também foi indo, foi indo e conseguiu um jeito de morrer continuando vivo, goza de plena saúde e tem cartão de crédito....
The Incredible String Band!
lembrei hoje e baixei para ouvir,
arqueólogos interessados baixem no youtube...
bjs Marta
24 de outubro de 2009
por hoje nada
10 de outubro de 2009
18 INCOMPLETOS
20 de setembro de 2009
me larga não enche
Me encara, de frente É que você nunca quis ver Não vai querer, nem vai ver
Meu lado, meu jeito O que eu herdei de minha gente Eu nunca posso perder
Me larga, não enche Me deixa viver, me deixa viver Me deixa viver, me deixa viver...
Cuidado, oxente! Está no meu querer Poder fazer você desabar Do salto, nem tente
A melodia do meu samba Põe você no lugar Me larga, não enche Me deixa cantar, me deixa cantar
Me deixa cantar, me deixa cantar... Eu vou clarificar A minha voz Gritando Nada, mais de nós!
Mando meu bando anunciar Vou me livrar de você... Harpia! Aranha!Sabedoria de rapina E de enredar, de enredar
Perua! Piranha! Minha energia é queMantém você suspensa no ar Prá rua! se manda! Sai do meu sangueSanguessuga Que só sabe sugar Pirata! Malandra! Me deixa gozar, me deixa gozar
Me deixa gozar, me deixa gozar... Vagaba! Vampira! O velho esquema desmorona. Desta vez prá valerTarada! Mesquinha! Pensa que é a dona. E eu lhe perguntoQuem lhe deu tanto axé?
À-toa! Vadia! Começa uma outra história Aqui na luz deste dia "D"Na boa, na minha
Eu vou viver dez Eu vou viver cem Eu vou vou viver mil Eu vou viver sem você...(2x)
Eu vou viver sem você Na luz desse dia "D"Eu vou viver sem você...
Não Enche - Caetano!
disturbio
nós e nosso bem nosso mal nosso inferno nosso céu nossos anjos arcanjos decanos mundanos particulares e exemplares que de um momento para o outro sobre nós derramam toda a docilidade da sua esfera de amor mal desenhado, sem contorno, derramado sob a cálida fresca manhã de um dia normal ou sob a quentura incandescente indecente de uma tarde horripilante, todos os caminhos cruzados, setas para todo lado, portas fechadas....nunca se sabe quem vem hoje, qual será o prato do dia e pelo sim pelo não vale lembrar também que ninguem tem certeza de que algo seja real e seja quem for mal resiste a um sopro..por amor infinito amor infinita água de inesgotável fonte que jorra jorra jorra e confirma que você não aguenta mais!
17 de setembro de 2009
Giullico
18 de agosto de 2009
Licença só hoje
não tenho blog para fazer negócios aliás detesto esse tipo de uso que muitos fazem dos blogs e por principio quando procuro alguma coisa comercialmente não visito não leio não compro se estiver anunciado em blog, talvez para preservar o lúdico desse espaço e o seu poder literário antropomórfico poético musical aquático dramático performático quando bem utilizado para me trazer o que pensa o que sente e o que vê muita gente brilhante que leio sempre, mas a parte disso, hoje eu presto essa homenagem ao produto em si, por excelência, para que fique entregue e fique claro para mim para todo mundo.....só isso e só hoje
7 de agosto de 2009
impermanência
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Hexagrama 30
do I CHING
o Jogo das Mutações
Finda a noite
Madrugada é senhora
desde que o mundo é mundo é assim
a lágrima clara sobre a pele escura
o tempo que vai
lá fora...que coisa! esse
negócio que não anda...
Marta
26 de julho de 2009
Coração Vagabundo...o filme
Então,Caetano, redescobrir Antonioni foi uma tirada e tanto. Não sei de quem, sua ou de quem o dirigiu no Coração Vagabundo, mas foi um momento raro. De cinema, de amor, de poesia. Como eu disse hoje para os meus amigos, tanto faz você vestido, nú, cabeludo, de óculos, grisalho, você é um jovem eterno e sua música me dá a sensação de ter para sempre dezoito anos incompletos. Você na sua simplicidade caminhando por NY por Osaka ou na intimidade do seu lap top confirmou tudo que eu já sabia, que você é um doce gênio da musica. Pobre Hermeto, pobres estrelas opacas que não cintilam como você com essa sua cara de sou só isso diante de um guarda de um castelo de samurai que lhe diz que ouve sempre Coração Vagabundo. As crianças japonesas cantando leãozinho foram outra cena linda. Parabéns a todos pelo belo filme. Faltou desejar que seu momento triste, aquele que você mencionou que não ia comentar sua vida pessoal que não tá legal lhe dê com o filho do Moreno e a sua doce poesia grandes momentos de mais e mais poesia. Que você consiga transpor esse limite de marido produzido e possa ser feliz de novo, assim como ela, sua produtora, patroa, com seu mérito apesar de inexplicavelmente ter se exibido tão claramente resfriada. Não deu para entender a falta de edição e nem tão pouco com que imagem ela quiz ser incluída em sua história. A da fora de foco, fora do prumo, fora de si como talvez ela realmente seja, ganhando o mundo e perdendo a qualidade essencial da vida que é olhar para si mesmo e para o mundo com olhar quem vê sente ama e depois então trabalha. Sorte para todos nós.Na reminiscência da palavra com meu português antigo descubro que não sei se saberei me atualizar na nova ortografia como você se preocupou até tirando seu blog do ar e eu de minha parte não o faço porque meu blog , diferente do seu , ninguém visita, ninguém comenta, é uma intimidade minha na NET e faça o que eu fizer ficará por isso mesmo, portanto, tenho-o para meu próprio deleite. Não tenho tempo de estudar português agora, fazer tudo que tenho que fazer e ainda devorar tudo quanto quero ler dizer cantar conhecer e ainda aprender.... sobretudo coisas formais como como re-aprender a escrever a lingua pátria! Cresci ouvindo meu letrado pai me corrigir o português dizendo que não se pode falar errado muito menos escrever, que seja lido o português para que contra ele não se cometa qualquer atrocidade! Amada portanto é também a lingua, dos chefes que eu tive nos governos onde passei, !editores, jornalistas do partidão com quem aprendi a "fazer matéria", gente que amava um Aurélio, e tinha por ele o amor que até então eu só tinha cultivado pelo Karl (Marx) aiaiai...mas essa é a agua tônica desse domingo, como a sua música tudo é fresco úmido e lindo como estar em SP chegando do cinema com meus amigos. Semana que vem vou ver a exposição tão falada da Sophie Call, no Sesc Pompeia sobre o pé na bunda que ela levou e mandou espalhar para que fosse tambem por escrito respondido por mais 107 mulheres além dela mesma (imagino-as todas respondendo em voz alta ao mesmo tempo ao infeliz que rompera a relação, este se arrependeria até o ultimo fio de cabelo do dia em que veio ao mundo) Bom, enfim, meus amigos queriam ver o filme dos Mutantes mas como são fofos e me querem agradar tiveram a delicadeza de me levar para ver você e eu adorei... semana que vem Budapeste do Chico, você viu? gostou? queria tanto te perguntar isso...você é um pouco só, não é? sei, sei.....tststs
bjs Marta
3 de julho de 2009
de um colaborador do blog: flávio toledo!
Olha nos meus olhos
Verônica Sabino Emílio Santiago / Foto extraída da Internet
21 de junho de 2009
IRANIAN PEOPLE
20 de junho de 2009
ECOLOGIA INTERIOR
17 de junho de 2009
RIMZERA
10 de junho de 2009
CAÓTICA ÓTIMA
5 de junho de 2009
FORMIGAS ALADAS FRUTINHAS TRAVOSAS
porque aos 50 anos
não posso mais fazer curso de dança,
escolher profissão,
aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
ou se é por causa dele que volta
e põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
se você vai ao pasto,
se você olha o céu,
aquelas frutinhas travosas,
aquela estrelinha nova,
sabe que nada mudou.
O pai está vivo e tosse,
a mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
com um marido invisível.
Quando ele fala roreja
quando ele vem eu sei,
porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
a cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
tenho 18 anos. Incompletos.