23 de novembro de 2008

CAMELOS NO DESERTO


Camelos vasculham a bolsa
areia branca na roupa
fresco quente sol poente

(passeio com minha amiga 
exilada no deserto dando lanche pros camelos
a alegria do nosso encontro sob essas
cores mais que Almodovar mais que tudo)

whit Corinne
Emirados Àrabes/Dubai , oct 08

2 comentários:

Unknown disse...

…não crer na expressão de mim seria a negação de mim.
De olhos fechados vejo a imagem de luzes de ela. Na imagem impressa um futuro de vida desejada, indelével.
Percebo poder me afastar da imagem, enterrá-la, pintá-la de outras luzes, sabendo que sempre estará lá.
Mais que de ela, era eu nesse futuro? Eram dois futuros? O futuro de dois, a dois, ilusão?
Desde o início estava tudo certo como sempre esteve. Os dois lá. A hora, o lugar, a palavra, o gesto, o sentimento e a sua expressão, o desejo, a proposta, o rumo, o caminho, o empenho, o compromisso, o coração confiado às mãos dela, confinado nas mãos dela. E lá estando ela, só faltava a sua presença.
Tanta impresença me deixou confinado um coração confiado, desconfiado que nem da imagem consigo me afastar.
Sigo meu caminho, a despeito dos sorrisos de ironia por saberem que a minha alegria terminou.
Resta esperar até que eu volte a me exprimir, não mais me renegar…

Unknown disse...

Um cachorro parou na porta
latiu
Um biscoito que eu tinha nas mãos
quebrado
O pé de serra, a borda da mata
lua cheia
Quatro super-jumbos cruzam o céu
no espaço de dez minutos
riscando
Na verdade ainda estou parado na porta
com um biscoito quebrado nas mãos
imaginando
Imaginando o que o menino quis dizer com
mergulhar na surpresa
mergulhar na surpresa
mergulhar na surpresa
mergulhar na surpresa…

Maurício Pereira, Mergulhar na Surpresa